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Vale tem novo recorde de produção, Petrobras vence no Carf e BB capta US$ 1 bi; veja mais destaques
quinta-feira, 19 de outubro de 2017 Posted by Silvano Silva ✔

O noticiário corporativo tem destaque para as blue chips Vale, que registrou novo recorde de produção, além de aprovar conversão de ações, o passo final para melhora da governança, além de Petrobras, que teve vitória no Carf e
Banco do Brasil, que captou US$ 1 bilhão. Confira os destaques do noticiário desta quinta-feira:
Vale (VALE3)
A Vale registrou um novo recorde, ao atingir 95,1 milhões de toneladas de produção de minério de ferro no terceiro trimestre; a estimativa de analistas consultados pela Bloomberg, que já previam recorde trimestral, era de produção de 94,9 milhões de toneladas. O número ficou 3,3 milhões de toneladas maior do que no segundo trimestre devido, principalmente, à melhor performance operacional no Sistema Norte e ao ramp-up de S11D.

A companhia informa que os volumes de venda para o trimestre foram menores do que os volumes de produção, implicando em um leve aumento dos estoques como resultado de necessidades operacionais e estratégias de mercado. A relação do volume de vendas/produção, no entanto, ficou maior do que no segundo trimestre, afirma a companhia. 
A produção de níquel alcançou 72.700 toneladas, ficando 10,2% maior na comparação com o segundo trimestre. Já a produção de cobre alcançou 116.900 de toneladas, ficando 16,0% maior do que no segundo trimestre e 7% maior do que no mesmo período do ano anterior, devido, principalmente, ao recorde trimestral de produção em Salobo e à maior produção em Sudbury, com o retorno à operação após parada programada para manutenção no segundo trimestre. 
Ontem à noite, os acionistas da Vale aprovaram, em Assembleia Especial, a conversão de ações PNs em ONs. O processo é mais um passo para a "transformação da companhia" em busca de aprimorar sua governança corporativa.
A conversão é necessária para a migração da empresa ao Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa da B3, e também faz parte de um plano que busca tornar a mineradora em uma empresa sem controle definido e eliminar riscos atualmente atrelados à ela. No total, 51,48% das ações preferenciais representadas na assembleia, ou um total de 158.111.060, votaram a favor da conversão total.
Após o resultado, o presidente da companhia, Fábio Schvartsman, disse que, agora, a Vale vai acelerar seu processo de migração para o Novo Mercado, embora tenha mencionado que a janela é apertada para acertar os últimos obstáculos burocráticos até o final do ano. "A Vale dando sinais claros de que está melhorando sua governança atrairá outros tipos de investidores além desses que já investem [na companhia]", comentou.
Além disso, ainda hoje, a mineradora informou que seus acionistas elegeram, por ampla maioria, os dois conselheiros independentes da companhia Sandra Guerra e Isabella Saboya, ambas candidatas do fundo britânico Aberdeen. Com elas, o conselho de administração da mineradora terá três mulheres entre as 12 cadeiras. Elas tomam posse no próximo 26 de outubro.
Por fim, rm reunião realizada ontem com o Sindicato Metabase de Mariana e o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Espírito Santo, a mineradora Samarco manifestou a intenção de prorrogar por mais cinco meses o período de layoff (suspensão temporária de contratos de trabalho) de 800 funcionários. A proposta será agora apreciada em assembleias dos trabalhadores.
O atual período de layoff teve início em junho, com a duração de dois meses. Posteriormente, o prazo foi prorrogado por mais três meses e se encerra no dia 31 deste mês. De acordo com a Samarco, a medida vem sendo essencial para manter os postos de trabalho, já que a mineradora está há dois anos sem produzir. As atividades foram suspensas após o rompimento de uma das barragens localizadas no município mineiro de Mariana, em novembro de 2015. Foram liberados no ambiente mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que destruíram comunidades, devastaram vegetação nativa e poluíram a Bacia do Rio Doce. O episódio é considerado a maior tragédia ambiental do país.
Petrobras (PETR3;PETR4)
Três notícias agitam o noticiário sobre Petrobras. As participações acionárias minoritárias detidas pela Petrobras no capital social da Deten Química e da Braskem ficaram excluídas do Programa Nacional de Desestatização (PND), segundo decreto publicado no Diário Oficial.

Já o Carf proferiu na quarta-feira, por unanimidade, decisão favorável à Petrobras em processo administrativo fiscal no valor de R$ 7,8 bilhões. A decisão aborda o momento da dedutibilidade dos gastos incorridos pela Petrobras com o desenvolvimento da produção de
petróleo e gás, para fins de apuração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, referentes ao exercício de 2010, segundo documento. As informações referentes a este processo estão apresentadas nas
demonstrações financeiras (ITR) do 2T17, disse a empresa. 

Por fim, a estatal anunciou elevação do preço da gasolina em 0,2% e corte do diesel em 0,8%. Os preços são para as refinarias a partir de 20 de outubro, segundo informação no site da Petrobras.
Smiles (SMLE3)
A Smiles Fidelidade, nova denominação da Webjet Participações, informou que cada ação de emissão da Smiles (SMLE3) passa a ser negociada sob o ticker SMLS3 a partir de 23 de outubro. O nome do pregão na B3 não será alterado e continuará sendo Smiles.

Cyrela (CYRE3)
A construtora e incorporadora Cyrela comunicou que suas vendas líquidas contratadas no terceiro trimestre, incluindo parceiros, somaram R$ 730 milhões, alta de 27,3% quando comparado com o mesmo período de 2016. Considerando os números da empresa isoladamente, as vendas subiram 32,9% no trimestre, para R$ 554 milhões, e 16,9% no acumulado em 2017 até setembro, a R$ 1,49 bilhão.

Já os lançamentos da Cyrela entre julho e setembro cresceram 17,7% no período, para R$ 532 milhões, incluindo as operações com parceiros. A construtora sozinha lançou R$ 380 milhões no período.
O Itaú BBA espera reação neutra a vendas contratadas “em linha, enquanto lançamentos permaneceram leves”. Já o  Santander aponta que as vendas gerais foram suaves; já o desempenho positivo das vendas de lançamentos recentes levou a uma velocidade de
vendas de 51% no trimestre, “que vemos como saudável e confirma nossa visão de que os lançamentos recentes provavelmente terão desempenho significativamente melhor do que os projetos mais antigos”; “embora não esperemos que isso seja um gatilho para a ação, mantemos nossa visão construtiva sobre a Cyrela com base nas fortes perspectivas de geração de caixa, provavelmente levando a uma considerável distribuição de dividendos nos
próximos anos”, apontam. 

Eletrobras (ELET3ELET6)
O conselho de administração da Eletrobras informou ontem a renúncia de Samuel Assayag Hanan ao cargo de conselheiro da Eletrobrás Participações S.A. – Eletropar, para o qual havia sido eleito na AGO (Assembleia Geral Ordinária) da empresa realizada em 28 de abril de 2017 e cujo mandato se estenderia até a AGO da companhia a ser realizada em abril de 2019.

Em comunicado, a empresa diz que "sua renúncia deveu-se ao fato de estar assumindo cargo público incompatível com as atividades que realizava na companhia". O conselho de administração apreciará a vacância do cargo na próxima reunião.
Banco do Brasil
Após três anos longe do mercado internacional, o Banco do Brasil (BBAS3) captou US$ 1 bilhão em bônus de sete anos nesta quarta-feira. Os papéis embutem rentabilidade ao investidor de 4,7% por cento, com cupom de 4,625%. A operação atraiu demanda de cerca de US$ 5,5 bilhões.

Segundo o vice-presidente de finanças e de relações com investidores do BB, Alberto Monteiro, os recursos captados serão usados para operações gerais do banco no exterior.
Bancos
A Advocacia Geral da União (AGU) informou que a nova reunião entre representantes de poupadores e bancos, para discutir o acordo sobre as perdas ocasionadas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990, será realizada na próxima terça-feira, 24. O encontro estava originalmente agendado para a próxima sexta-feira, dia 20, mas foi transferido para a terça-feira em função da agenda da procuradora-geral da União, ministra Grace Mendonça.

Desde o ano passado, a AGU vem intermediando as conversas entre representantes de poupadores a respeito de milhares de ações, individuais e coletivas, que há décadas tramitam em várias instâncias da Justiça. Essas ações reivindicam o pagamento das perdas referentes aos planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e Collor II. As partes envolvidas na negociação têm evitado estimar um total para o acordo, porque o valor dependerá do desconto a ser aplicado. No início de setembro, falava-se em algo entre R$ 8 bilhões e R$ 16 bilhões.
A Câmara dos Deputados ainda aprovou projeto de lei sobre punição e acordo de leniência dos bancos, permitindo ao Banco Central realizar acordos de leniência administrativos e aumentando as punições para instituições financeiras.  Em relação ao texto original da MP 784/17, o projeto propõe um aumento menor da multa que a CVM poderá aplicar em seus
processos administrativos, segundo a Câmara. Atualmente, a multa é o maior valor entre R$ 500 mil ou 50% da operação irregular e a MP previa R$ 500 milhões ou dobro da operação irregular. O texto agora vai para a apreciação do Senado e, se aprovado, para a sanção do Presidente Michel Temer. 

Prumo (PRML3)
A Prumo Logística e a BP Global Investments submeteram ao Cade operação para criação de joint venture no setor de gás natural e energia elétrica, segundo edital publicado no Diário Oficial. O negócio tem acesso restrito no website do Cade até o momento.

Alpargatas (ALPA4
A Alpargatas, dona da marca Havaianas, informou que seus acionistas controladores Itaúsa, Cambuhy I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e Cambuhy Alpa Holding, protocolaram ontem documento de OPA (Oferta Pública de Aquisição) obrigatória de ações com direito a voto na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

O processo é uma continuidade à conclusão da venda do controle da empresa para a Itaúsa e Cambuhy em setembro deste ano, por R$ 3,5 bilhões. Anunciada em 12 de julho, a venda correspondeu ao equivalente a 54,2% do capital total da Alpargatas - sendo 85,78% do capital votante e 20,95% das ações preferenciais - pertencente a holding J&F, da família Batista. 
A OPA anunciada agora visa assegurar aos demais acionistas detentores de ações ONs o preço no mínimo igual a 80% pago por ação ordinária à J&F.
JBS (JBSS3)
Os auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) concluíram que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) chegou a pagar 20% a mais pelas ações do frigorífico JBS para ajudar a empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista a comprar dois frigoríficos nos Estados Unidos.

A aquisição do frigorífico National Beef Packing e da divisão de carnes da Smithfield Foods foi feita em 2008 pela BNDESPar, divisão de participações do banco. O processo, relatado pelo ministro Augusto Sherman, aponta que as transações irregulares teriam causado um prejuízo de R$ 303,9 milhões aos cofres públicos, em valores atualizados. Desse total, R$ 285,6 milhões dizem respeito à aquisição de participação na empresa pelo banco. Outros R$ 18,3 milhões estão relacionados a dividendos que o banco deixou de receber, já que o valor pago resultaria na compra de um número maior de ações.
Oi (OIBR4)
Segundo o Valor Econômico, o governo quer que a solução para a situação financeira da Oi, empresa em recuperação judicial desde meados do ano passado, mostre aos investidores internacionais que o país consegue resolver complexas pendências jurídicas a contento. Desta forma, precisará de mais tempo para montar um plano e é praticamente certo que será adiada a data da assembleia geral de credores da empresa (AGC), originalmente marcada para o dia 23.

Contudo, o jornal informou que a Oi nega essa informação e garante que já há, inclusive, quórum para a instalação da assembleia que vai deliberar sobre a nova versão do plano de recuperação judicial, concebida pelos conselheiros da companhia de telefonia.
Wiz (WIZS3) e SulAmérica (SULA11)
Mais uma notícia pode mexer com as ações de seguradoras. Segundo informa a coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, a SulAmérica assinou acordo de confidencialidade (NDA, na sigla em inglês) para disputar o balcão de seguros da Caixa Econômica Federal. A seguradora teria feito, contudo, ressalvas para participar da segunda etapa do processo, que começa na semana que vem. Procurada pelo jornal, a SulAmérica não comentou. Já a Porto Seguro (PSSA3), líder do ramo de automóvel, nem cogitou assinar o acordo de confidencialidade para os seguros da Caixa.

Linx (LINX3)
A Linx, empresa de software para gestão de varejo, informou que adquiriu, por meio de sua subsidiária Linx Sistemas e Consultoria, a empresa de tecnologia de informação Shopback, pelo valor de R$ 39 milhões, à vista. A companhia poderá pagar, ainda, sujeito ao atingimento de metas financeiras e operacionais para os anos de 2017 a 2019, o valor adicional de até R$ 17,558 milhões. 

(Com Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg)
Agência Estado, Agência Brasil e Bloomberg 

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